1.6.05

Blasfémio-Dependência ou Uma brincadeira a propósito dos 500.000 leitores

De leitor devidamente identificado, recebemos o seguinte texto:

1. Definição.
Entidade nosológica identificada pela 1ª vez em 2004, a Blasfémio-dependência constitui um tipo particular de dependência a meios electrónicos. A doença tem cariz facilmente contagioso e disseminou-se largamente no ano subsequente ao seu aparecimento.

2. Grupos de risco.
Em particular risco parecem estar os cultores da filosofia política liberal, mas jornalistas e académicos poderão não estar imunes a esta condição. Preocupantes são os níveis de Blasfémio-dependência verificados nos quadros de militantes da extrema-esquerda, pondo em causa a sobrevivência desta última. Rumores indicam que a esquerda pode estar a ponderar tornar-se liberal.

3. Manifestações clínicas.
A Blasfémio-dependência cursa com dependência psíquica (incapacidade para deixar de ler o blog) mas, em casos de maior sensibilidade, pode surgir a dependência física (manifestações somáticas, de vária ordem). Desconhece-se o eventual impacto desta condição sobre a esperança de vida.

4. Tratamento.
Não foi desenvolvido qualquer tratamento eficaz até ao momento. Especula-se que possam estar em curso importantes investigações por parte de multinacionais farmacêuticas. As férias constituem os momentos mais adequados para uma tentativa de desabituação. Convém, contudo, ter especial atenção a recaídas, por vezes associadas a uso de computadores com internet sem fios e à frequência de Cyber-cafés, circunstâncias cujo impacto pode ser muito negativo.

5. Nota prática.
Caso suspeite ter sido atingido por esta maleita, clique em http://ablasfemia.blogspot.com. Se conseguir desligar em menos do que cinco minutos, pode ficar tranquilo: não se encontra dependente.

6. Conclusões e estudos futuros.
Justifica-se um incremento da investigação neste campo, encontrando-se já em avaliação projectos de estudos a desenvolver no eventual âmbito de mestrados e doutoramentos.