Como bem nota José Manuel Fernandes no Público de hoje, a reforma do Ministro das Finanças faz parte do pacote remunerativo dos membros da administração do Banco de Portugal e deve ser avaliado como tal. Ou seja, não se pode criticar o valor da reforma se não se tiver em conta que ela serve para compensar o reduzido valor do salário. Criticar a reforma de um ex-quadro do Banco de Portugal sem ter em conta a responsabilidade do cargo, o preço de mercado dos melhores especialistas em finanças e o valor total do qpacote remunerativo auferido é, na melhor das hipóteses um erro de análise, e na pior, simples populismo.
Os funcionários públicos e similares devem ser remunerados de acordo com a avaliação que as forças de mercado fazem do seu trabalho, e não de acordo com critérios de "justiça social", ética ou moralidade política. Só assim o valor do pacote remunerativo pago se aproxima do valor efectivamente produzido.