Ontem, em primeira mão, divulguei na integra o Relatório sobre Desenvolvimento Humano publicado pelas Nações Unidas.
Convido agora os leitores do Blasfémias para o day after: revisitem a nossa imprensa escrita e alguns blogues da praça. Convido-vos ainda a estarem atentos aos noticiários.
Depois, façam o vossos juízos: os factos são apresentados de uma forma neutra, ou, pelo contrário, estão fortemente influenciados por preconceitos ideológicos? Recupero um post antigo, do mês passado, onde, entre outros aspectos, se aponta o risco dos media incorporarem, nas suas notícias, um grau significativo de alienação.
Porque será que ninguém refere, por exemplo, o excelente desempenho que os países asiáticos - em especial Japão e Coreia - têm ao nível das tecnologias, das patentes, da I&D e dos royalties per capita? Porque é que ninguém refere (à excepção do DE, e de passagem, na edição em papel) o excelente desempenho da Irlanda ou Luxemburgo (mas sobretudo Irlanda), com um PIB per capita superior aos EUA?
No fundo, porque é que não olhamos para os indicadores, e tentamos, também, retirar o que eles apresentam de positivo? Porque é que o único modelo positivo que nos é apresentado é sempre o dos países nórdicos, nomeadamente, a Noruega? Não existem outros indicadores positivos no estudo? Não seria interessante ter uma análise dos indicadores dos países com características similares às nossas? Não deveriam esses ser o nosso exemplo?
Rodrigo Adão da Fonseca
