A cidade do Porto acordou polvilhada de «outdoors» da coligação autárquica PSD/CDS, cheios de cabeças sorridentes, que nos garantem constituir uma dinâmica equipa para governar a Câmara Municipal do Porto nos próximos quatro anos.
Não duvidando da sinceridade das intenções anunciadas, menos ainda do entusiasmo de todos os presentes bem patente na alegria dos rostos, estranha-se que não exista, no meio de tanta cabeça, uma única que transite da vereação cessante, excepção feita, obviamente, ao seu Presidente, Dr. Rui Rio.
É que, salvo melhor opinião, não é normal que uma equipa que tem, como ainda hoje afirmou Rui Rio, um trabalho altamente meritório, seja completamente desmantelada. Não diremos, como na gíria futebolística, que «em equipa que ganha, não se mexe». Mas, como de facto se mexeu radicalmente, de duas três: ou a equipa não prestava, ou prestava mas agora já não presta, ou, se prestava e ainda presta, não se compreende que tenha sido dizimada.
Alguém terá sido, certamente, responsável pela escolha do elenco autárquico dos últimos quatro anos e daquele que figura agora no referido «outdoor». Será que nos poderia explicar o que é que se passa?
