?Não estou de acordo com a subida de impostos. A subida dos impostos já foi feita no passado e não produziu bons resultados.?
?Não, não vamos aumentar os impostos porque essa é a receita errada. Não vamos cometer os erros do passado. As prioridades são: aposta no crescimento económico, reduzir a despesa e combater a fraude e evasão fiscal.?
?...a única alteração que haverá quanto aos impostos, nos próximos anos, será a revisão dos benefícios fiscais em sede de IRC?
Desde que o autor destas frases tomou posse, aumentaram IVA, IRS, IA, ISP, IT e mais uma dúzia de taxas variadas cobradas pelo estado. A diminuição dos benefícios fiscais faz aumentar indirectamente o peso do IRC. O critério parece simples. Aumentar a receita, indo buscar tudo o que se pode a todo o lado.
Do lado da contenção da despesa pública, anda meio mundo em polvorosa com cortes de regalias cujo peso é, quase sempre, insignificante na despesa pública. Ao mesmo tempo anunciam-se investimentos megalómanos, cujos efeitos nas contas públicas a médio prazo serão, provavelmente, catastróficos.
Cortar a sério, têm-se visto pouco. Ainda não houve coragem para atacar as dezenas de IEFPs, IAPMEIs, ICEPs, INGAs/IFADAPs e afins, continuam intactas as excessivas super-estruturas de muitos ministérios e parece não haver vontade política para diminuir significativamente o número de funcionários públicos.
O insuportável peso do estado, aliado à ineficácia generalizada da gestão pública, é hoje um dos maiores entraves ao crescimento da economia e a opção clara de não mexer no monstro mantém as expectativas para o futuro bastante deprimentes.
Aconteceu apenas o que se esperava.
Agora passemos ao assunto do post. O pior de 2005: O Sporting não ganhou nem o campeonato, nem a taça nem a Uefa.