Ontem, perante supostas declarações contraditórias entre o juíz desembargador Ataíde das Neves e Rui Rio, perguntava «quem mente?»
Afinal, as coisas são bastante mais simples.
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Ontem Carlos Lima dizia que «O antigo director da Polícia Judiciária do Porto juiz desembargador Ataíde das Neves admitiu, ontem ao DN, que chegou a informar antecipadamente Rui Rio da realização de buscas à Câmara do Porto no âmbito da investigação do processo "Apito Dourado".»
Ora, tal não corresponde à verdade, pois que no texto o juíz nunca admitiu «informar antecipadamente Rui Rio da realização de buscas». Tal são apenas palavras e interpretações do jornalista. Aliás, o próprio título da notícia era falso: «Ex-director da PJ combinou com Rio buscas à câmara», pois que no texto nunca o juíz reconhece isso.
Na verdade, o juíz apenas reconhece que «No dia da busca, ocorrida em 09 de Novembro, agendei uma audiência com o Dr.Rui Rio na Câmara sem lhe dar conhecimento do que pretendia ou se a PJ iria proceder a qualquer diligência,»
Hoje, curiosamente, o jornalista insiste no erro: «O juíz Ataíde das Neves, ex-director da Polícia Judiciária do Porto, confirmou, ontem, que manteve um contacto prévio com o presidente da câmara Rui Rio relativamente a uma busca que foi feita à autarquia a 9 de Novembro de 2004.». Ataíde Neves desmente : «Nunca dei conhecimento a Rui Rio de que a PJ iria proceder a uma busca ou qualquer outra diligência», disse, acrescentando: «Não deixarei de accionar um processo-crime para preservar a minha dignidade e honra»
Até no JN a notícia do DN, (o aviso a Rui Rio da realização de buscas) é desmentida.
Adenda: Pedro Ivo Carvalho escreve no JN que Rui Rio «foi desmentido pelos factos, após ter jurado a pés juntos que a PJ não tinha efectuado buscas à Câmara do Porto.». Ora, «em princípios de Novembro, o Dr.Rui Rio manifestou-se profundamente indignado pela publicação de uma notícia no DN que dava conta que a PJ tinha procedido a buscas na Câmara, notícia essa manifestamente falsa e atentatória do segredo de justiça (a busca concretizou-se dias depois)». Pelo que provavelmente, PIC até terá alguma razão, pois em alguns casos : «a culpa, claro está, é dos jornalistas, esses manipuladores da verdade.»
Adenda II -Também Paulo Gorjão vê estranheza nestas «notícias» e desmentidos.
Afinal, as coisas são bastante mais simples.
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Ontem Carlos Lima dizia que «O antigo director da Polícia Judiciária do Porto juiz desembargador Ataíde das Neves admitiu, ontem ao DN, que chegou a informar antecipadamente Rui Rio da realização de buscas à Câmara do Porto no âmbito da investigação do processo "Apito Dourado".»
Ora, tal não corresponde à verdade, pois que no texto o juíz nunca admitiu «informar antecipadamente Rui Rio da realização de buscas». Tal são apenas palavras e interpretações do jornalista. Aliás, o próprio título da notícia era falso: «Ex-director da PJ combinou com Rio buscas à câmara», pois que no texto nunca o juíz reconhece isso.
Na verdade, o juíz apenas reconhece que «No dia da busca, ocorrida em 09 de Novembro, agendei uma audiência com o Dr.Rui Rio na Câmara sem lhe dar conhecimento do que pretendia ou se a PJ iria proceder a qualquer diligência,»
Hoje, curiosamente, o jornalista insiste no erro: «O juíz Ataíde das Neves, ex-director da Polícia Judiciária do Porto, confirmou, ontem, que manteve um contacto prévio com o presidente da câmara Rui Rio relativamente a uma busca que foi feita à autarquia a 9 de Novembro de 2004.». Ataíde Neves desmente : «Nunca dei conhecimento a Rui Rio de que a PJ iria proceder a uma busca ou qualquer outra diligência», disse, acrescentando: «Não deixarei de accionar um processo-crime para preservar a minha dignidade e honra»
Até no JN a notícia do DN, (o aviso a Rui Rio da realização de buscas) é desmentida.
Adenda: Pedro Ivo Carvalho escreve no JN que Rui Rio «foi desmentido pelos factos, após ter jurado a pés juntos que a PJ não tinha efectuado buscas à Câmara do Porto.». Ora, «em princípios de Novembro, o Dr.Rui Rio manifestou-se profundamente indignado pela publicação de uma notícia no DN que dava conta que a PJ tinha procedido a buscas na Câmara, notícia essa manifestamente falsa e atentatória do segredo de justiça (a busca concretizou-se dias depois)». Pelo que provavelmente, PIC até terá alguma razão, pois em alguns casos : «a culpa, claro está, é dos jornalistas, esses manipuladores da verdade.»
Adenda II -Também Paulo Gorjão vê estranheza nestas «notícias» e desmentidos.