Numa economia de mercado, a alocação dos factores de produção depende dos preços dos bens e serviços ao consumidor. O capital e o trabalho deslocar-se-ão para as actividades que tiverem preços mais atractivos. Os preços por sua vez resultam do jogo da oferta e da procura e reflectem as preferências dos consumidores. Logo, a alocação dos factores de produção é o resultado das preferências dos consumidores.
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Os subsídios criam preços mentirosos. O subsídio do estado às energias alternativas, pago às custas de todas as outras actividades económicas, transmitirá 3 mensagens falsas aos agentes económicos. Este ficarão a pensar que:
1- a energia afinal é mais barata do que se pensava;
2- o sector da produção de energia requer mais recursos do que se pensava, pelo que é necessário (e lucrativo) transferir para esse sector recursos que até então eram utilizados para satisfazer as preferências dos consumidores;
3- determinadas actividades até então lucrativas terão que ser abandonadas porque todos os sinais indicam que determinados factores de produção são mais necessários (e mais lucrativos) no sector da energia e sectores a montante.
Resulta disto que:
1 - O consumo de energia sobe (porque o subsídio faz baixar os preços);
2 - Enormes quantidades de recursos (incluindo energia) são disperdiçados em formas de produção de energia mais ineficientes (se não fossem mais ineficientes não seriam subsidiados);
3 - Determinadas preferências dos agentes económicos que sempre tinham sido satisfeitas deixam de o ser (porque ou se constroem ventoínhas nas montanhas ou se constroem hospitais).
Conclusão: quem quer preservar o ambiente deve ser contra o subsídio às energias alternativas e deve defender em altenativa uma política de preços neutros que garantam que:
1. os bens ambientais sejam pagos a preços que reflictam o valor que as pessoas lhes atribuem (e existem muitas formas de o conseguir);
2. que os preços não mintam sobre aquilo que são as preferências dos consumidores.