Para quem ainda anda a tentar perceber o que são os moinhos de vento combatidos pelos D.Quixotes da cruzada contra o "neoliberalismo", recomenda-se o ensaio de São José Almeida, que esclarece tudo hoje, no Público (link exclusivo a assinantes).
Explica SJA que assistimos hoje em Portugal à "capitulação dos políticos democratas-cristãos, liberais e sociais-democratas" (obrigado, Cristóvão de Aguiar) perante "a pressão do neo-liberalismo" que nos tem governado. Ou seja, neo-liberalismo é aumento do peso do estado, decisões que afectam individualmente cada um de nós tomadas pelo governo central, impedimento da concorrência no ensino, na saúde e na segurança social, solidariedade nacionalizada e impostos cada vez mais altos. Começo a chatear-me com este neo-liberalismo. ###
São José Almeida faz depois um pouco de história. O neo-liberalismo arrancou com Thatcher e Reagan, e chegou a Blair por intermédio de Giddens, o teórico que adaptou o neo-liberalismo ao socialismo rebaptizando-o de terceira via. E o corolário do neo-liberalismo é Gerard Schroeder.
Neo-liberalismo é terceira-via. Ou seja, é Guterres, é Prodi, é Schroeder e é Zapatero, é o atraso-de-vida, é o estado faz, o estado cuida, o estado promove, o estado responsabiliza-se, o estado paga, o estado gasta, o défice, o endividamento. Realmente, o neo-liberalismo tem sido trágico para nós e a minha consciência faz-me sentir cada vez mais próximo dos cruzados que lutam contra ele.
E o pior de tudo, é que temos agora um neo-liberal a mandar no nosso governo. Sócrates. O "exemplo mais acabado é a reforma da segurança social", algo que é feito com base em pressupostos não confirmados, já que o adivinhação do futuro não é ciência e a matemática deve ser uma pseudo-ciência uma aliada do neo-liberalismo.
O texto chama-se "Drama". O nome é perfeito. Acreditem, é absolutamente dramático.