Narana Coisorró, o príncipe hindu da democracia-cristã portuguesa, volta a criticar um líder do CDS, desta vez Paulo Portas. Narana já o fizera com Manuel Monteiro e Freitas do Amaral, tendo apenas escapado ao seu implacável ferrete o prof. Adriano Moreira, por solidariedade académica, já que ambos ensinavam na mesma escola, por sinal naquela onde o ex-ministro de Salazar era rei e senhor. Em relação aos visados, um ponto em comum: por uma questão de lealdade institucional, Narana só os critica depois de terem saído da liderança do partido. Quando lá estão serve-os pressurosamente, com lealdade e afinco, seja no Parlamento, seja em organismos públicos ou na Direcção do partido. Um exemplo de seriedade e coerência a seguir na política portuguesa, cada vez mais desprovida de valores.