1.5.06

Menos ais..., menos ais..., menos ais... (Actualizado)




Recém regressado a casa, verifico ter recebido um mail, tipo "circular", reenviado a partir de vários endereços electrónicos e respectivos titulares, cujo texto - sobre a GALP - aqui* (ver infra) deixo reproduzido.




Não sei se o respectivo conteúdo será ou não verdadeiro; pelo menos, se será total e rigorosamente verdadeiro (ver, no entanto e agora, notícia do Correio da Manhã, linkada infra, em P.S.). A recolha deste tipo de informação, implica algum trabalho e/ou atenção relativamente à empresa propriamente dita e, seguramente, uma certa proximidade (algum trabalhador?, colaborador? ex-membro de um órgão social).###

Soube, após conversa com alguns amigos, que tal tipo de situação havia já sido, de certo modo, publicitada e tratada por alguma imprensa escrita. Não seria, portanto, novidade. Confesso, porém, a minha desatenção...

Pressupondo a veracidade do conteúdo de tal mail-"circular" (o que não será difícil, embora quiçá trabalhõso, verificar) o seu interesse prender-se-á unicamente com o facto de patentear uma notória ilustração da influência (para apenas dizer isto) do Estado na dita empresa (de resto, ainda participada por este). Um especial conceito e prática de corporate governance, levado a cabo com os olhos postos, seguramente, no interesse público...

Ora, aqui vai a reprodução do conteúdo dito mail:

* "A nossa petrolífera tem vindo a ser albergue de parasitas e toca de incompetentes. Veja-se: Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização de 290.000 euros, em 2004. Tinha entrado na GALP pela mão de António Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das O.P. e Transportes... O filho de Miguel Horta e Costa (PT), recém licenciado, entrou para lá com28anos e a receber, desde logo, 6600 euros mensais. Freitas do Amaral foi consultor da empresa, entre 2003 e 2005, por 6350 euros/mês, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses de ordenado. Manuel Queiró, do PP, era administrador da área de imobiliário(?) 8.000euros/mês. A contratação de um administrador espanhol passou por ser-lhe oferecido 15 anos de antiguidade (é o que receberá na hora da saída), pagamento da casa e do colégio dos filhos, entre outras regalias. Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 euros e seguro de vida igual a 70 meses de ordenado.

Ferreira do Amaral, presidente do Conselho de Administração. Um cargo não executivo(?) era remunerado de forma simbólica: três mil euros por mês, pelas presenças. Mas, pouco depois da nomeação, passou a receber PPRs no valor de 10.000 euros, o que dá um ordenado "simbólico" de 13.000 euros... Outros exemplos avulsos:Um engenheiro agrónomo que foi trabalhar para a área financeira a 10.000 euros por mês; A especialista em Finanças que foi para Marketing por 9800 euros/mês...Neste momento, o presidente da Comissão executiva ganha 30.000 euros e os vogais 17.500. Com os novos aumentos, Murteira Nabo passa de 15.000 para 20.000 euros mensais.

A GALP é o que é, não por culpa destes senhores, mas sim dos amigos que ocupam, à vez, a cadeira do poder. É claro que esta atitude, emula do clássico "é fartar, vilanagem", só funciona porque existe uma inenarrável parceria GALP/Governo. Esta dupla, encarregada de "assaltar" o contribuinte português de cada vez que se dirige a uma bomba de gasolina, funciona porque metade do preço de um litro de combustível vai para a empresa e, a outra metade, para o Governo. Assim, este dream team à moda de Portugal, pode dar cobertura a um bando de sanguessugas que não têm outro mérito senão o cartão de militante ... ou o pagamento de um qualquer favor político...

Antes sustentar as gasolineiras espanholas que estão no mercado do que estes vampiros!"

PS. - Ulteriormente pude verificar que o Correio da Manhã publicou esta peça, na qual um dos responsáveis indicados quer no mail-"circular" transcrito, quer na notícia original (Expresso), aparentemente confirma (parcial e implicitamente) a generalidade das situações referidas, porém, excluindo a sua responsabilidade na respectiva tomada de decisões. Aqui fica o link:

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=166942&idCanal=11&currPos=20

Pedro Madeira Froufe