Poderiamos pensar que o público português mais sofísticado e politicamente mais experiente estaria imune ao populismo típico da América do Sul. Mas não é verdade. Quem lê blogs, comentários e até editoriais chega facilmente à conclusão que Morales teria muitos votos em Portugal. A propaganda populista passa bem.
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Morales quebra contratos e destrói a reputação do estado, a entidade que deveria ser o último garante de todos os contratos, e há quem o aplauda e o justifique. Morales confunde, ingénua ou deliberadamente, 82% de receitas com 82% lucros, e há quem repita os seus argumentos. Morales nacionaliza refinarias e gasodutos construídas e pagas por companhias estrangeiras e há quem o elogie por proteger os recursos naturais do seu país. Morales afugenta os investidores estrangeiros da Bolívia e há quem considere que ele está a contribuir para o desenvolvimento económico do seu povo. Morales repete as asneiras dos Pérons, dos Mugabes, dos Samoras e dos Chaves e há quem ache que ele descobriu um caminho original para o desenvolvimento.
