De facto.... a ler: Luís Sobral, no Portugal Diário:###
«A agressão a Ricardo Bexiga, principal opositor de Valentim Loureiro em Gondomar naquela época, é um acto particularmente grave num regime democrático. Não quero com isto afirmar que se tratou de um ajuste de contas político. Acho apenas que a investigação de uma queixa de um vereador autárquico, agredido de forma particularmente violenta e cobarde, deveria ser considerada prioritária pelas autoridades. Mesmo se feita contra «incertos».
E que vemos nós? Quase dois anos depois, nada de substancial aconteceu. Segunda-feira, Ricardo Bexiga lá irá outra vez ao Ministério Público, provavelmente com um exemplar da biografia de Pinto da Costa no «Sol» numa mão e o livro de Carolina na outra.
Num caso como este, em que uma pessoa confessa publicamente ter tido um comportamento tão evidentemente incorrecto (para dizer o mínimo), o que impede as autoridades de agir de imediato? O fim-de-semana prolongado?
O relato de Carolina sobre a agressão a Ricardo Bexiga é o ponto mais grave do livro. Não sei se algum dia a autora conseguirá provar que não foi dela a ideia e que não era seu o dinheiro que alegadamente serviu para pagar os agressores. Mas sei que esta história tem contornos especialmente graves e que adquiriram extraordinária dimensão pública esta semana. Se tudo isto terminar sem que alguém seja (pelo menos) levado a tribunal estaremos perante um evidente e despudorado convite ao ajuste de contas privado.(...)»
(destaques meus)
Se a isto se juntar as alegadas vigilâncias e «espionagens» aos investigadores, o panorama é de autêntica «máfia», da existência de um «Estado» dentro do Estado.
«A agressão a Ricardo Bexiga, principal opositor de Valentim Loureiro em Gondomar naquela época, é um acto particularmente grave num regime democrático. Não quero com isto afirmar que se tratou de um ajuste de contas político. Acho apenas que a investigação de uma queixa de um vereador autárquico, agredido de forma particularmente violenta e cobarde, deveria ser considerada prioritária pelas autoridades. Mesmo se feita contra «incertos».
E que vemos nós? Quase dois anos depois, nada de substancial aconteceu. Segunda-feira, Ricardo Bexiga lá irá outra vez ao Ministério Público, provavelmente com um exemplar da biografia de Pinto da Costa no «Sol» numa mão e o livro de Carolina na outra.
Num caso como este, em que uma pessoa confessa publicamente ter tido um comportamento tão evidentemente incorrecto (para dizer o mínimo), o que impede as autoridades de agir de imediato? O fim-de-semana prolongado?
O relato de Carolina sobre a agressão a Ricardo Bexiga é o ponto mais grave do livro. Não sei se algum dia a autora conseguirá provar que não foi dela a ideia e que não era seu o dinheiro que alegadamente serviu para pagar os agressores. Mas sei que esta história tem contornos especialmente graves e que adquiriram extraordinária dimensão pública esta semana. Se tudo isto terminar sem que alguém seja (pelo menos) levado a tribunal estaremos perante um evidente e despudorado convite ao ajuste de contas privado.(...)»
(destaques meus)
Se a isto se juntar as alegadas vigilâncias e «espionagens» aos investigadores, o panorama é de autêntica «máfia», da existência de um «Estado» dentro do Estado.