29.6.04

Precedentes II

1. Em Janeiro de 1981, após a morte de Sá Carneiro e 3 meses depois das eleições, Ramalho Eanes nomeia Pinto Balsemão para primeiro-ministro.

2. Em Setembro de 1981, 1 anos depois das eleições e após 9 meses de tricas no PSD e várias demissões no governo, Ramalho Eanes volta a nomear Pinto Balsemão para primeiro-ministro.

3. Em 1983, depois de mais uma série de tricas, Ramalho Eanes rejeita novo governo da AD e dissolve o parlamento.

4. Em 1985, não havendo alternativas no Parlamento, Ramalho Eanes dissolve-o.

5. Em 1985, Ramalho Eanes nomeia o líder do partido mais votado (mas minoritário), Cavaco Silva. O PSD teve menos de 30% dos votos (Bush em 2000 teve 48% dos votos).

6. Em 1987, Mário Soares rejeita governo da maioria absoluta PS-PRD (o PSD era o partido com mais deputados) e dissolve a assembleia. Cavaco Silva ganha as eleições seguintes com maioria absoluta e é a partir deste momento que se começa a falar em presidencialismo do primeiro-ministro.

7. Em 1995, Mário Soares nomeia António Guterres e PS governa com minoria no parlamento. O PS teve cerca de 43% dos votos (Bush em 2000 teve 48% dos votos).

8. Em 1999, Jorge Sampaio nomeia António Guterres e PS governa com metade dos deputados no parlamento. O PS teve cerca de 44% dos votos (Bush em 2000 teve 48% dos votos).

9. Em 2001, António Guterres demite-se. Jorge Sampaio tenta encontrar solução no quadro parlamentar da época, mas o PS rejeita essa opção.