22.2.07

afinal, quanto custa e quanto tempo demora tomar um café?

No sábado passado resolvi comprar um pacote «Kanguru» para o meu portátil. Subscrevi o contrato que me deram, facultei os (imensos) documentos que me pediram, pedi todas as informações que me pareciam úteis, nomeadamente sobre o valor das mensalidades e o tempo de navegação disponível. Informaram-me que esse tempo era ilimitado, como, de resto, se pode ler no site promocional do produto, onde está escrito que: «O Kanguru não tem restrições de tempo. Pode estar ligado e a navegar 24 horas por dias e 365 dias por ano sem pagar mais por isso».
Hoje de manhã tentei ligar o «Kanguru», o que se demonstrou impossível, porque, segundo uma informação para a qual fui redireccionado, teria de «regularizar os meus pagamentos». Telefonei para o número indicado das informações. Fui atendido ao fim de quase trinta minutos, tendo demorado outro tanto tempo a esclarecer o que se passava. E o que se passa é, afinal, tão simples quanto isto: a «Kanguru» faculta um período experimental de utilização do produto que entretanto se esgotara e do qual ninguém me tinha avisado. Posto isso, tenho de aguardar, pelo menos, quarenta e oito horas para que se processe nova ligação, desde que eu a reclame, naturalmente! Sensivelmente, o tempo que costumo demorar a tomar um café, tal e qual diz a publicidade ao produto. Ah!, e já agora: o tempo de utilização é, de facto, ilimitado, mas o «tráfego», afinal, não é. Se for excedido, paga-se mais! Embora, obviamente, se pague sempre o mesmo pelo «tempo de ligação» à net. Perceberam, não perceberam?
Eu, como sou incomensuravelmente estúpido, não tinha compreendido estas evidências, até elas me terem sido hoje explicadas pela primeira vez. Talvez o Engº Belmiro e o seu filho Paulo consigam fazer uma campanha promocional do produto mais esclarecedora, quando estiverem menos ocupados com a OPA da PT. Para a qual espero que não levem estes critérios empresariais, se lá chegarem. Para mal, já basta assim.