27.2.07

Grandes liberais, grandes desiludidos


Almeida Garrett:
"O chamado liberalismo reduz-se a duas coisas: duvidar e destruir por princípio, adquirir e enriquecer por fim; é uma seita toda material em que a carne domina e o espírito serve; tem uma força para o mal; bem verdadeiro, real e perdurável, não o pode fazer. Curar com uma revolução liberal um país estragado (...) é sangrar um tísico (...)" (Frei Dinis, Viagens na Minha Terra)
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Alexandre Herculano:
"O sonho da liberdade, o sonho da minha juventude, esta fonte de poesia e acções generosas, converteu-se para mim num pesadelo cansado."
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Ainda Garrett, procurando serenar a população, depois de um violento surto de intolerância religiosa e anti-clericalismo radical:
"(...) Os tempos hoje são outros: os liberais já reconhecem que devem ser tolerantes e que precisam de ser religiosos. A religião de Cristo é a mãe da liberdade, a religião do patriotismo a sua companheira. O que não respeita os templos (...) é um mau inimigo da liberdade, desonra-a, deixa-a em desamparo (...)".