Santana Lopes disse hoje aos jornais, que gosta muito do que está a fazer na Câmara de Lisboa e que, por isso, o mais provável será recandidatar-se ao lugar, parecendo assim excluir uma candidatura presidencial, hipótese que ele, verdadeiramente, só colocara pelo seu elevado patriotismo e pela sua disponibilidade permanente em servir país e o partido.
Cavaco Silva, no epílogo de uma desinteressada e longa intervenção pública de promoção pessoal, afirmou redobradamente o seu distanciamento pela política e a quase impossibilidade de voltar a dedicar-se à causa pública. Quando todos o julgávamos disponível para desempenhar um alto sacrifício em Belém, ei-lo a anunciar essa impossibilidade.
António Guterres, no seu retiro sebastianista, afirmou pela milionésima vez que não é candidato a candidato presidencial, isto apesar de «fontes que lhe são muito próximas» terem dito que ele não seria insensível aos apelos da turba. Menos um, portanto.
Arriscamo-nos, assim, a não ter no próximo ano quem substitua o Presidente Jorge, sendo de encarar a possibilidade da declaração de «estado de emergência presidencial» e, em consequência, ser finalmente revisto o limite material da forma republicana constante da nossa Constituição, de modo a podermos inaugurar a distania Sampaísta, caso S. Exª mostre disponibilidade para continuar em funções.