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5 ANOS DE NADA
A 10 de Junho de 1999 terminavam 79 dias de total de destruição da Jugoslávia, por força da acção militar da Nato e na qual Portugal, conjuntamente com outros 12 países também colaborou. Tudo à margem do chamado "Direito Internacional", de "Conselhos de Segurança" e quejandos. O ataque militar à Jugoslávia foi decidido em reunião do Conselho da Nato e coordenado pelo respectivo Secretário-Geral. Portugal participou assim na primeira acção militar internacional efectiva desde a I Guerra Mundial. Sem declaração de guerra, sem mandato internacional, mantendo relações diplomáticas com aquele país. Enfim, a anarquia total. E os partidos do bloco central apoiaram. E o Presidente Sampaio apoiou. À margem da CRP.
Somente após os fins do ataque militar é que o Conselho de Segurança da ONU legitimou o envio de uma força terrestre para manutenção da ordem. Onde é que eu já vi este cenário? Parece-me que o unilateralismo e o desprezo pela ONU não nasceu em 2003.
E viu-se no que deu. Para além da destruição de um país, aquele "guerra" serviu de enorme exercício militar, provocando o correspondente sofrimento em termos de mortos, feridos, desalojados e refugiados. Em pleno centro da Europa. Para quê? Para tudo se manter exactamente na mesma. Passados 5 anos e vários administradores coloniais, o Kosovo permanece uma terra de ninguém, onde as minorias são expulsas, atacadas e mortas. Não existe lei nem segurança. Não existem sequer negociações sobre o seu futuro. Tudo inútil. Tudo mal feito. E o problema permanece. Alimentado, mantido e apoiado pela Nato e pela UE.