30.10.04

ADEUS BUTTIGLIONE (com toda a propriedade)

Rocco desistiu. Afirmou-se "vítima inocente" escolhida pela humanidade, que "periodicamente decide purificar-se. Desta vez fui eu o escolhido para essa função e não me queixo muito".

Volto a discordar de Buttiglione - acho que ele não tem feito outra coisa senão queixar-se e que o tem feito da pior maneira.
Mas, a final de contas, depois da doce visão do martírio próximo o simples abandono deve ter-lhe sabido a pouco.

Rodrigo Moita de Deus, paradoxalmente, diz coisas acertadas mas confunde - julgo eu - os pressupostos. E generaliza excessivamente quanto aos destinatários.
Quando o li, acicatadamente, comecei logo a redigir a resposta.

Mas cliquei no Abrupto e senti uma violenta bofetada com este soberbo texto de Borges.
Decidi esperar. Aproveitar a lição, pensar mais e melhor.
(Realmente, às vezes sabe bem aprender com o mainstream...)