As contas regionais do INE referentes a 2003 mostram um país com profundas assimetrias. Mas são assimetrias já conhecidas e que permanecem há décadas apesar das contribuições líquidas entre as regiões mais ricas e as outras. Há apenas uma região que ?fugiu? a essa assimetria homotética e tem crescido a um ritmo muito superior à média nacional, tornando-se, de uma das regiões mais atrasadas do país, na segunda região mais rica, atrás de Lisboa: a Madeira. Alguns sugeriram que essas assimetrias teriam que ver com a existência de poder político em Lisboa (e na Madeira). Curiosamente algumas dessas sugestões provieram de áreas que consideram despiciendo, ou mesmo prejudicial, o papel do Estado.
A ideia de que os liberais consideram o papel do estado prejudicial não é totalmente correcta. Alguns liberais consideram o papel do estado positivo e defendem que ele não deve beneficiar apenas os habitantes da capital. Defendem que o Estado deve ser equitativamente distribuído por todas as regiões do país. Consideram o estado tão bom que chegam mesmo a defender que ele deve ser democratizado de forma a que cada indivíduo possa ter o seu micro-estado. Defendem a Suiça, mas com mais cantões.