Quando tantos garantiam, a propósito das caricaturas, que a liberdade de expressão «não estava nem esteve em causa», parecendo até ridículo falar da coisa, eis que outros sinais surgem aqui bem perto: entre nós.
A direcção de um diário, insurge-se (e bem) contra certas medidas que poderão afectar o livre exercício da liberdade de imprensa, os empresários do sector criticam essas medidas, bem como a introdução de uma nova série de impostos sobre as suas actividades. Propostas abstrusas vem dos sítios do costume. O Parlamento Europeu e os governos da União Europeia introduzem um sistema de vigilância policial sobre todos os cidadãos. Nem sequer há subtileza na coisa.
A direcção de um diário, insurge-se (e bem) contra certas medidas que poderão afectar o livre exercício da liberdade de imprensa, os empresários do sector criticam essas medidas, bem como a introdução de uma nova série de impostos sobre as suas actividades. Propostas abstrusas vem dos sítios do costume. O Parlamento Europeu e os governos da União Europeia introduzem um sistema de vigilância policial sobre todos os cidadãos. Nem sequer há subtileza na coisa.
Não deixa portanto de ser cómico/trágico ver o governo, por intermédio de Augusto Santos Silva vir dizer, sem corar, que várias das medidas anunciadas «têm como objectivo essencial assegurar a liberdade de imprensa e garantir a isenção dos meios face ao poder político».»!!. Diz isto aquele que é directamente responsável por nomear a administração da RTP, da RDP, da Lusa, da negociação dos elementos que compoêm a ERC, da designação do seu presidente (ao arrepio da lei...) os quais virão a «regular o sector». Se isto é «isenção face ao poder político».....