Sócrates confiante na retoma "lenta" da economia nacional.
Num mundo em crescimento acelerado, não obstante as subidas estratosféricas das matérias primas, o nosso primeiro exulta porque as previsões de crescimento do PIB português foram revistas em alta de uma ou duas décimas, não nos tirando mesmo assim da cauda do pelotão a par do... Zimbabwe. "Sinal de confiança", repete Sócrates pela enésima vez o seu chavão favorito.###
Um dos sintomas da nossa pequenez reside na nossa bloquedora falta e ambição. Desde a nossa adesão à UE que sucessivos governos proclamaram o objectivo de atingir o nível de vida médio da União. Quando não se visa a excelência, garante-se apenas a mediocridade. Um país atrasado como Portugal devia ambicionar crescimentos acima dos 5% para assegurar uma efectiva convergência. Mas isso só se conseguiria com uma inversão total do paradigma, baixando impostos e a despesa pública e não o contrário.
Tivessem tais reformas sido feitas há uma década e não estaríamos com os termos de troca em degradação, teríamos maior competitividade nos bens transaccionáveis e não seríamos confrontados hoje com o espectro do enceramento da GM na Azambuja e amanhã da Auto-Europa em Palmela.
A Irlanda soube ser ambiciosa há 20 anos e hoje é o segundo país mais rico da Europa...