Por parte do Parlamento Europeu, que insiste em interpelar politicamente um ministro português sobre factos ocorridos em Portugal. Diga-se, para que não restem dúvidas, que nada nos tratados comunitários o autoriza. Quando muito, o Parlamento Europeu dispõe de alguns (poucos) poderes de fiscalização política sobre a Comissão Europeia e remotamente sobre o Conselho de Ministros da União. Estranha-se, por isso, não se ouvirem os protestos habituais dos muitos patriotas que por aí circulam, sobretudo daqueles que estão sistematicamente a questionar a «dependência» de Portugal perante os EUA a propósito do Iraque. Será por causa do tema da interpelação?