Se há tique nacional que me desgosta é o que consiste em amaciar até ao absurdo a avaliação de um defunto. Ainda que, quando este ainda bulia, quase todos fossem unânimes na esperança do seu desparecimento.
Pode-se até tratar de um comprovado idiota ou de um mero erro de casting. Não importa. Através de rodilhados e eufemismos de toda a espécie tece-se uma ideia que parece significar que o mesmo deixou saudades. É algo que desafia o meu sistema nervoso.
Principalmente porque está aí ínsita uma (i)lógica de desculpabilização, de permanente desresponsabilização, de pio mas acéfalo branqueamento, que nos deixa mais atrasados, mais pequeninos e sempre prontos para repetir o erro que até deixou de o ser.