Às vezes os liberais tendem a desvalorizar a democracia em favor de outros valores, como a liberdade, a propriedade e os direitos individuais, vendo-a como um mero instrumento ao seu serviço. Fundamentam essa convicção nas imperfeições dos regimes democráticos, nos frequentes excessos que em nome da democracia são cometidos, preferindo, então, tê-la como um simples processo de substituição pacífica dos governantes.
Todavia, é graças à democracia e a esse «simples processo» de transferência tranquila da soberania, em nome do qual se bateram e se sacrificaram gerações e povos inteiros, que a liberdade pode ser usufruída. A democracia não é, por conseguinte, apenas mais um instrumento processual de uma sociedade livre: ela precede-a, fundamenta-a e estrutura-a. O erro de a diminuir, ou de a tentar substituir por outros mecanismos, pode levar a abismos perigosos e a tentações «iluministas» pouco ou nada esclarecidas.
Uma sociedade onde vigorem as regras da democracia poderá não ser absolutamente livre; mas se elas não estiverem lá será sempre uma ditadura.
Todavia, é graças à democracia e a esse «simples processo» de transferência tranquila da soberania, em nome do qual se bateram e se sacrificaram gerações e povos inteiros, que a liberdade pode ser usufruída. A democracia não é, por conseguinte, apenas mais um instrumento processual de uma sociedade livre: ela precede-a, fundamenta-a e estrutura-a. O erro de a diminuir, ou de a tentar substituir por outros mecanismos, pode levar a abismos perigosos e a tentações «iluministas» pouco ou nada esclarecidas.
Uma sociedade onde vigorem as regras da democracia poderá não ser absolutamente livre; mas se elas não estiverem lá será sempre uma ditadura.