Em Portugal, sempre que há indisponibilidade permanente do chefe do executivo, o processo de sucessão é geralmente folhetinesco.
Não é líquido que o sucessor seja quem a maioria indica, poderá ser outro ou pode haver eleições. O processo é demoradíssimo, há reuniões em série do PR, seja com o Conselho de Estado - cuja falta ninguém notaria se fosse extinto - seja com personalidades gradas do regime. A incerteza da decisão gera pressões, manifestações, indignações, até diabolizações se o indigitado pela maioria for uma personagem controversa como PSL.
Fazendo o contraponto com os Estados Unidos ou o Reino Unido, verifica-se que aqui a sucessão é imediata e não há "ses" nem discussões estéreis. Nos Estados Unidos ascende o Vice-Presidente que também foi eleito em simultâneo com o Presidente, no Reino Unido é eleito o sucessor pelos deputados da maioria que por sua vez foram eleitos unipessoalmente pelos cidadãos.
Já agora, compare-se a estabilidade política destes países e a nossa...