De facto, no Porto (onde escrevi este texto apesar de já lá não me encontrar), as ruas são sempre "de" alguém. Não me refiro à Praça de Lisboa, onde escrevi este texto (quem diria?); refiro-me às ruas com o nome de uma pessoa. É a Rua de Júlio Dinis, é a Praça de Gomes Teixeira, é a Rua do Doutor Magalhães Lemos... Não encontrei mesmo nenhuma excepção.
Pelo contrário, em todas as outras cidades portuguesas que me lembro, as ruas não têm o tal "de". As únicas excepções de que me recordo agora (vá-se lá saber porquê) são, em Lisboa, a Rua do Conde de Redondo e a Avenida de António José de Almeida. Mas não me lembro de mais nenhuma rua "de" alguém.
Creio que tal facto não acontece por acaso, e surge como consequência de o Porto ser historicamente uma cidade burguesa e defensora da iniciativa privada. As ruas do Porto, assim, de certa forma também são privadas.
9.7.04
Elogio à Invicta
No post Reaccionarismo Tripeiro, Filipe Moura do BdE II faz (independentemente da sua hipótese ter ou não fundamento) um enorme elogio ao Porto: