Formalmente, os funcionários púbicos pagam impostos. O problema é que, ao que tudo indica, ganham mais do que deviam:
Um estudo publicado no Boletim do Banco de Portugal revela que em 2000, com igual escolaridade e experiência, um funcionário público português ganha maios 37,6 por cento do que no sector privado - se for uma funcionária, esta diferença atingia os 64,6 por cento. Se forem consideradas apenas as bases de dados nacionais, pode ver-se que na função pública os homens ganham mais 12,9 por cento que no sector privado, e aas mulheres ganham mais 26,5 por cento.
Ou seja, ou os funcionários públicos são anormalmente eficientes só porque são funcionários públicos, coisa que ninguém acredita, ou então estão a ganhar mais do que merecem. A segunda hipótese é mais provável. Por alguma razão o número de pessoas que quer entrar para a Função Pública é muito maior que as que querem sair para os privados. Se os funcionários públicos fossem mal pagos ou se pagassem demasiados impostos, o número de pessoas a querer sair deveria ser muito maior que as que querem entrar. Sendo assim, se os funcionário públicos ganham mais do que deviam, é como se pagassem menos impostos do que deviam.