Quando era novo, no tempo em que os Governos tomavam posse regularmente de 3 em 3 meses, havia duas particularidades que nunca esqueci.
A primeira era o diligente funcionário que segurava no livrinho de assinaturas, e indicava onde o ministro tinha que assinar. Eu tinha a sensação de que era o único personagem que se mantinha da anterior tomada de posse. Era asim uma espécie de "Sousa Veloso" daquelas cerimónias.
A outra lembrança era o locutor/reporter que tentava dar uma ideia de quem era o novo ministro. Enquanto se ouvia em fundo: "eu.... prometo cumprir com lealdade....", o locutor falava baixinho, tipo relato mortuário ou de 13 de Maio, e dizia rapidamente "o novo ministro da administração interna é fulano, tenente -coronel de cavalaria graduado em general, anterior comandante da região militar da região centro e chefe de gabinete do ministro do comércio...."