6.7.04

Psicoses

A "anti-santânica" e a das eleições antecipadas. Que estão umbilicalmente ligadas. Defendem-se eleições fundamentalmente pela repulsa que Santana provoca em alguns - ou muitos, não tenho a veleidade de os contar. Convenhamos que não faz muito sentido esta personalização excessiva, cujo resultado imediato é aumentar-lhe o ego, já de si elevadíssimo.

Mas, e se fossemos para eleições antecipadas e Santana as ganhasse? É um cenário que deve ser racionalmente equacionado. Este rapaz em campanha eleitoral, debitando sound bytes de palco em palco, está como peixe na água e é um adversário temível - a esquerda unida lisboeta que o diga!

Moral da história 1: mais vale aguentá-lo ano e meio e esperar que ele se estatele, do que correr o risco de 4 anos de santana-portismo. O princípio de Peter já se lhe aplica há muito tempo, as pessoas é que ainda não repararam - ora diz lá, Daniel, se conseguias uma tirada tão elitista, presunçosa e arrogante como esta...

Mas outro cenário, igualmente equacionável, poderá comprometer o resultado daquele: o homem surpreende tudo e todos, arregaça as mangas, trabalha como um mouro(?), revela-se um verdadeiro estadista, opera um autêntico milagre económico e em 2006 reforça a maioria, esmagando a coligação adversária, a Frente Popular e Patriótica Ferrístico-Carvalha-Louçânica.

Moral da história 2: não se julgue o desempenho de ninguém por antecipação ou por antecedentes!