A busca desesperada de dinheiro para alimentar a galopante e sempre crescente voragem da Despesa Pública e para potenciar as irracionalidades do funcionamento do Estado (uma das consequências directas e imediatas da falta de coragem política para empreender uma séria reforma da administração pública!) levou, agora, o Executivo a puxar pela imaginação e a auto dotar-se (nos termos da proposta de Orçamento Geral do Estado para 2005) da autorização legislaliva necessária para a criação de mais um NOVO IMPOSTO INDIRECTO: o Imposto sobre as dormidas! Alguns operadores económicos, já reagiram.
Aparentemente, depois da tentativa de introduzir nos hábitos portugueses o princípio do "utilizador-pagador" ("oportunamente" fora do seu contexto natural de aplicação, isto é, como meio adequado à redução e à diferenciação do elevado nível geral da receita fiscal), as grandes linhas da nóvel política fiscal do actual Executivo parecem apontar para o crescimento da Tributação Indirecta - politicamente, com menos custos imediatos e com menos visibilidade....mas, claro está,previsivelmente, sem baixar a elevada tributação directa que onera os portugueses.
Aguardemos, agora, pela justificação do Executivo, a começar pelo também nóvel Ministro do Turismo.
Aqui ficam já, em antecipação, algumas sugestões gratuitas de possíveis "justificações oficiais":
a "justiça fiscal"?; o incentivo ao turismo sem estadia?; uma medida ecológica, tendente a promover a utilização dos parques de campismo, em detrimento das permanências em hoteis e residenciais?; a eterna "evasão fiscal"?; a necessidade de o Benfica não ter adeptos de outros clubes adversários em jogos no estádio da Luz?; a afluxo de tráfego que essas unidades hoteleiras provocam nas respectivas localidades?; o desincentivo à prática de conductas violadoras dos deveres conjugais?; o retorno ao "princípio do utilizador - pagador"?; o apoio áindústria nacional de colchões?,
Enfim, tudo menos a imperiosa necessidade de arranjar uns trocos suplementares para finaciar o déficite....
