Parlamento é a maior bolsa de emprego do Estado.
Ao fim de 9 meses, 33 deputados do PS, quase um terço do seu grupo parlamentar, já "rodaram" para outras funções mais "apetecíveis". Daqueles, 19 foram para o governo, 7 para as autarquias e 7 para jobs de maior provento, como são as administrações de empresas e institutos públicos. Do PSD apenas rodaram 9 deputados e do CDS 1, supostamente para cargos autárquicos.
Nada de novo quanto à tendência. Normalmente, é mais "sangrado" o grupo parlamentar do partido do governo que perde as figuras de maior peso, ficando transformado num grupo de marionetas acéfalas, comandadas a partir do governo e(ou) da sede partidária.
O mais curioso é que ninguém se escandaliza com a total falta de respeito pelos mandatos que se expõe descaradamente à vista de todos. O total desprestígio do Parlamento junto da opinião pública não será alheio a este tipo de posturas.