Miguel Sousa Tavares disse, creio que num artigo do Expresso, que «Não conhecemos, em todo o mundo árabe, o nome de um cientista, músico, arquitecto, cineasta, explorador, atleta, enfim, alguém que faça sonhar ou avançar a humanidade». O João do
A-Metamorfose resolveu refutá-lo apresentando como exemplo o físico Abdus Salam, prémio Nobel da física em 1979. O problema é que Abdus Salam era paquistanês, não pertencendo ao mundo árabe. É certo que o Paquistão é um país muçulmano, mas Abdus Salam pertence a uma seita considerada herética pelos muçulmanos mainstream. Dificilmente o seu talento para a física pode ser atribuído à cultura árabe. Na verdade, foi educado em escolas do Império Britânico e fez a sua carreira científica no ocidente.
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Na imagem, o mundo árabe.