1. Actualmente a lei que regula a relação entre pais e filhos já é praticamente independente do casamento. Não podia ser de outro dado o número de filhos fora do casamento que existem actualmente.
2. O estado não pode justificar os apoios ao casamento por causa dos filhos ou por causa da importância da estabilidade dos casametos para a estabilidade da sociedade. Não há nenhuma garantia de que os casamentos durem nem há nenhuma garantia de que produzam filhos. A duração dos casamentos deve andar muito próxima da duração das uniões de facto, mesmo quando estas não eram subsidiadas.
3. O estado não tem que interferir na forma como os indivíduos dispõem dos seus bens. Se não o fizer, se cada um puder deixar os seus bens a quem bem entender, perde-se mais uma das funções do casamento.
4. Se o casamento não servir para regular as relações entre pais e filhos, se não servir para sacar subsídios ao estado, se não servir para garantir a estabilidade da sociedade, se não servir para garantir a reprodução, se não servir para garantir umas heranças, serve para quê? E por que é que o estado tem que se meter nisso?