15.2.06

Liberdade de Expressão

Miguel Pinto, membro da Comissão Coordenadora do Núcleo de Oeiras do Bloco de Esquerda, publicou em vários meios de informação (incluindo no Público, Local Lisboa, na Tribuna do Leitor de 13 de Fevereiro) uma carta aberta ao Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais. (UPDATE: Texto Completo aqui.)

Nessa carta Miguel Pinto põe no papel e em letra de imprensa todos os rumores, boatos e insinuações que de há muito tempo eram sussuradas por Oeiras e arredores. Por exemplo:

«Enriqueceu, ilicitamente, à custa dos munícipes e de alguns promotores imobiliários. Recebia muito dinheiro em troca de favores que lhes fez, tais como permutas de terrenos, licenciamentos de construção e alvarás, adjudicações sem concurso público, quando este era obrigatório, e aprovação de projectos violadores do Plano Director Municipal. No gabinete do presidente da CMO havia, sempre, dinheiro e prendas. Movimentava-se muito mais dinheiro do que o seu salário.»
É a liberdade de expressão que permite a Miguel Pinto expressar esta irresponsabilidade típica do Bloco de Esquerda acompanhada de muita imaturidade. Duvido que o bloquista tenha provas que sustentem as afirmações que faz, mas a gravidade das acusações só deixa duas alternativas: Isaltino ou Miguel. Um dos dois vai acabar a perder, ou por corrupção ou por calúnia. Mais cedo ou mais tarde (possivelmente tarde demais, à boa maneira da justiça portuguesa) os tribunais resolverão a contenda. Grande vantagem civilizacional: tudo isto poderá ser resolvido sem ser preciso queimar bandeiras ou destruir as sedes distritais do Bloco de Esquerda.