Um recém-criado e auto-denominado "Grupo de Sábios", liderados pelo italiano Giuliano Amato (para já são 13, mas está prestes a chegar António Vitorino certamente para retirar o transtorno da superstição), decidiu apoiar a recente proposta de Nicolas Sarkozy de transformar o pastelão giscardiano num "mini treaty".
Pondo de parte, com esforço, o ridículo intenso de um agregado de políticos europeus se publicitar com uma designação assim, reconheço que, em tese, a ideia de Sarkozy é boa para ultrapassar este "chove não molha" em que a UE se encontra. Mas convirá não esquecer que o problema não é só o tamanho da coisa - há intrincados nós institucionais e políticos no projecto da convenção que têm de ser desatados. E, de uma vez por todas, o desagradável perfume matricial que o M. D'Estaing lhe emprestou também deve ser libertado para o espaço sideral, lugar onde residem espiritualmente a maioria dos pomposos candidatos a Napoleões.
Caso contrário, valerá mais abandonar de vez um projecto que só trouxe dissensões e querelas entre os que ainda defendem a União Europeia.
