De uma forma recorrente, a oligarquia dominante vem a terreiro dar lições de bom comportamento à populaça. É ver as sucessivas campanhas pela poupança de água, a favor das energias renováveis, contra o álcool, a sida, o tabaco e por aí fora. Diz-se que é de bom tom o poder instalado defender temas muito consensuais, fazer-se fotografar ao lado das militantes Margaridas e aderir às respectivas causas através de conveniente financiamento.
A macro causa do momento é a corrupção. Todos falam dela, todos se chocam com ela, todos querem acabar com ela. E ideias não faltam: Cravinho, o pai da criança, clama por mais Estado, Cavaco faz um apelo republicano à virtude, o PGR opta por reformar as mentalidades. Sabe-se (juízo de facto!!!) que em todos os grandes e pequenos casos de corrupção, numa das pontas está sempre o Estado. Curiosamente, não surge ninguém a tentar reduzi-lo.
A corrupção irá portanto em crescendo.