Claro que procuro informação num jornal - mas esta pode ser achada em muitos outros lugares.
O que me decide a favor de um jornal é a "opinião". Foi por causa do seu afrouxamento que pus um fim ao hábito de comprar o Expresso (agora retomado pelo ardor da concorrência a que se somou a cobiça pelos DVD's). É pela evidente penúria da "opinião" que, a partir do nº 3, deixei de comprar o "Sol".
Sem sombra de dúvida, a melhor "opinião" está no Público e no DN (salvo melhor opinião).
Mas, aos sábados, a página 5 do Público é um regalo - hoje, Rui Tavares consegue elevar-se para além das análises rotineiras acerca da actuação da Sra. ministra da educação e dos roncos ultrajantes (sobretudo para si próprios) das várias dezenas de sindicatos dos professores, para desferir um sério e inteligente ataque a Maria de Lurdes Rodrigues.
A "nossa" Helena Matos traduz o «Verdocas» e a «Teologia Ecológica» que animam as associações ambientalistas agora governamentalmente domesticadas, desmonta implacavelmente as suas ligações ao poder e estabelece as pistas que urge explorar acerca da ligação entre a corrupção e os pelouros autárquicos do ambiente.
A página 5 do Público é um exemplo do melhor, mas há mais assim na imprensa portuguesa. Vale a pena ler jornais. Com opinião.
