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Pela enésima vez, num debate sobre a Justiça, esgrimem-se argumentos contra a diminuição das férias judiciais.
Desta vez, lá se explicou, tortuosa, mas veementemente, que, bem vistas as coisas, no caso concreto português, o encurtamento das férias significou não um aumento da produtividade dos Tribunais em 10%, como teria sido previsto e anunciado, mas sim, uma diminuição de produtividade, "talvez em, 10 ou 20%". Depreende-se, então e a contrario, que talvez o aumento das férias seja proporcional a um aumento da produtividade.
Ora, porque não tentarmos lutar contra a nossa (lusa) fraca produtividade e capacidade concorrencial, através do "factor férias"?! Há que alargar, generalizadamente, o período de férias; a bem da Economia, há que institucionalizar, em Portugal, no mínimo, os 90 dias de férias, como regra geral!