18.6.04

EURO-CANDURA OU ACIDENTAL EURO-HIPOCRISIA?

"(...)não foi o CDS que deixou de ser eurocéptico foram os principais partidos do centro europeu e as principais nações europeias que deixaram de ser euro-optimistas; foram as realidades europeias que se alteraram radicalmente.
O discurso do CDS-PP desde, pelo menos, 1998, é o do chamado euro-realismo: é naturalmente europeísta mas não aceita uma "Europa governada por um qualquer directório de "grandes" que imponha aos restantes Estados as suas regras e orientações" (esta última frase está entre aspas porque figurava entre os argumentos da coligação Força Portugal). (...) À excepção de algumas relíquias políticas do passado entre as quais se destaca o Dr. Soares ninguém acredita realmente no projecto utópico de uma Europa federalista. Mesmo que muitos agora afirmem o contrário, o CDS defende uma "Europa das Nações" e uma "Europa dos povos europeus" defesa que hoje é assumida consensualmente por grande parte das principais forças partidárias europeias, ao centro e à direita
."

Que Deus, na Sua infinita misericórdia, ajude este cidadão!

Entretanto, aqui vai uma dose do euro-realismo do momento: "Primeira Constituição europeia aprovada hoje".

O documento comunitário mais perigoso para a tal "Europa das Nações", mais "utópico", mais contrário à "Europa dos povos europeus", vai ser brevemente aprovado NÃO pelas "relíquias do passado" mas pelos rostos patibulares dos políticos do presente dos "principais partidos do centro europeu e as principais nações europeias".

Tão bem ajudados pelos idiotas úteis que se negam a ver o triunfo daquilo que ainda juram estar a combater.