Cantata de paz
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar.
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D?África e Viename
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.
Este poema, que eu conheci muito nova sob a forma de música, já não sei de quem, e que era habitual cantarmos nos acampamentos e entre amigos, foi como que assim a minha tomada de consciência de que o mundo não era perfeito.
O José Manuel Fernandes diz o mesmo no seu editoral de hoje. E certamente muitas outras pessoas haverá por aí que reconheçam nestes versos o início da sua tomada de consciência política.