(...) E espanta-se que se fale em desemprego nestas terras, quando se vê aflito para arranjar trabalhadores. Dos seus três contratados fixos, um é feitor e os outros dois tractoristas. Um dos tractoristas é ucraniano, e os Olazabal ajudaram a legalizá-lo. "Tem direito a uma casa com horta, água e luz de graça, e ganha 150 contos limpos, 15 vezes por ano, mais horas extraordinárias". Francisco não acha pouco e espanta-se que os portugueses da zona fujam do campo. "Cada vez há menos gente aqui. Ninguém quer trabalhar com o céu por cima da cabeça. Preferem trabalhar com o tecto. Onde é que há salário mínimo? É nas cidades. Na agricultura não há uma pessoa a ganhar salário mínimo"(...)
Francisco Olazabal Nicolau de Almeida, enólogo, 35 anos, na "Pública" de hoje (sem link)