Só hoje li o comentário d' O Acidental à questão que coloquei nesta minha posta:
«Em Portugal, só à minha esquerda, lembro-me logo de três: Ramalho Eanes, Sousa Franco e António Guterres. E agora? Prefere o meu amigo mudar de ideias? De argumentos? Ou de conversa?»
1. Não mudo de coisa nenhuma.
2. Ramalho Eanes só sofreu a deriva religiosa-fundamentalista DEPOIS de ter saído da Presidência da República (graças a Deus!).
3. Sousa Franco foi o exemplo acabado e perfeito da razão dos meus argumentos, i. é de alguém que nunca soube separar as águas, chegando ao cúmulo de ser plenipotenciário de um Estado estrangeiro (Vaticano) em negociações com o Governo de Portugal (mais tarde contarei algumas "estórias" que me chegaram dos tempos da fundação do CDS antes de Sousa Franco ter recebido guia de marcha para ir pregar para outras paragens).
4. Guterres é feito de uma massa gelatinosa, sem consistência, sem estrutura óssea. É uma alforreca política. As suas convicções religiosas ou outras padecem dos defeitos primários da essência do seu protagonista. Donde, Guterres, num exemplo extremo, até poderia ter tido uma educação religiosa numa qualquer Madrassa de talibans que continuaria a ser o mesmo Guterres sem cor, nem tom, nem garra, nem nada.
Por isso, o facto de ser um "católico profissional" ficou disperso na vaguidão inócua de si mesmo, sem grande mal para o mundo. Nos homens políticos que arvoram a sua crença e as suas superstições, Guterres é a placeba excepção que confirma a regra.