1. Santana igual a si próprio. Um discurso repleto de queixumes e de ressentimento, sobretudo contra Cavaco, Pacheco Pereira e Aguiar-Branco. A confissão de que está ferido mas não morto e que passará doravante a "andar por aí", certamente a preparar os altos voos para os quais se considera fadado. Para já, irá apoiar Menezes.
2. Marques Mendes também não surpreende, facto que, de resto, sempre aconteceu. O habitual discurso muito adjectivado e pleno de vacuidades. É o provável vencedor, mas sem entusiasmar ninguém.
3. Menezes, por seu lado, sabe entusiasmar. Muito mais objectivo e algumas propostas interessantes, sobretudo as respeitantes ao sistema político e à organização interna, bem temperadas com demagogia a rodos para fazer vibrar a plateia. Neste momento, lidera destacado nas palmas.
4. Estão em liça 36 moções de estratégia, quase todas servindo apenas de pretexto para conferir tempo de antena aos respectivos promotores. Isto inviabiliza por si só qualquer debate que valha a pena e transforma o Congresso numa enorme feira de vaidades para uns quantos, exultantes com os seus inolvidáveis 5 minutos de glória...