Parece ser o caso de LUÍS COSTA, jornalista de o "Público"/Local que assina habitualmente bons textos, na sua coluna "Factos à Medida".
Hoje, sinceramente, com a sua crónica "O irredutível Chefe da Aldeia" (link não disponível, ed. de hoje, de o "Público"/Local/Norte - pag. 58), mais parecia a personagem CHATOTORIX de Astérix!
Relembre-se, Chatotorix (Chato + torix) é o famoso e detestado bardo cantor que irrita toda a aldeia com as suas (pseudo) melodias desafinadas, aborrecidas, repetitivas....Pior, Chatotorix não se apercebe que já ninguém suporta as suas cantorias.
Hoje, Luís Costa - um dos principais paladinos da luta do "Público", contra Rui Rio - num texto literariamente bom, pleno de trocadilhos e de uma certa ironia (relativamente) fina - insiste, metaforeando o último álbum editado da famosa bd, na sua guerrinha de palavras contra o renovado (nas urnas) Presidente da Câmara do Porto, ensaiando (agora) uma tentiva de culpabilização do próprio método de Hondt (!!!!), por tal eleição.
A ideia subreptícia - á falta de qualquer outra coisinha.... - é a de que, afinal, todos os outros juntos (PS, CDU, BE) tiveram mais 4329 votos do que Rui Rio e a sua coligação com o CDS-PP.
Pois seja. Até terá razão. Aritmeticamente....
Até concordo com muitas das críticas que Luís Costa e outros fazem a Rio; reconheço o fracasso de muitas das suas propaladas políticas (arrumadores, baixa, condições de "sobrevivência" para uma classe média portuense que aqui trabalha e paga os seus impostos e não vive em bairros sociais).
Mais: acho que algumas das próprias políticas de Rio, partem, em certa medida, de pressupostos errados e de dogmas que aproximam Rio mais de uma esquerda retórica do que daquilo que sejam soluções adequadas e eficazes para os problemas.
Agora, já não suporto a ladaínha ressabiada de quem, como Luís Costa, nos seus autismos, não percebeu nada do que se passou e, sobretudo, não percebeu (tal como Chatotorix, o bardo) que o seu wishfull thinking nada terá a ver com a realidade.
Acabam por ser contraproducentes - para além de muito chatos!- para a respectiva causa que adoptam, continuando com as suas "cruzadas" de afectos, de parcialidades, de despeitos.....
Valha-nos, ao menos, no caso de Luís Costa - e apesar de lhe ter caído, no passado dia 9 de Outubro, o céu em cima da cabeça - este continua a escrever bem e, por vezes (nem sempre...sobretudo quando a temática é, chata e recorrentemente, o seu "anti-Riísmo"), com alguma piada.