- O agente que toma a decisão sabe o que está a fazer, ou limita-se a agir com conjecturas não demonstradas?
- Se a decisão de um agente político se substitui à decisão de cada cidadão individual, há razões para crer que o agente político tem mais informação que aquela que se encontra dispersa pela sociedade e que podemos nem saber que existe?
- O agente que toma a decisão tem o direito de a tomar ou está a tomar a decisão em nome de terceiros sem lhes pedir autorização?
- O agente que toma a decisão corre riscos próprios ou limita-se a colocar os outros em risco?
- O agente que toma a decisão pode ser responsabilizado pelos resultados da decisão ou é demasiado poderoso ou demasiado inimputável?
- O agente que toma a decisão foi mandatado para a tomar?
- A decisão poderá ter consequências inesperadas que ninguém é capaz de prever?
- A decisão poderá destruir processos sociais cuja função é indispensável e que tomamos por um dado adquirido?
- A bondade da decisão é real ou baseia-se na sobre-valorização do que é visível em detrimento do que é invisível?
- A decisão é tomada para responder às necessidades daqueles que sentem que é preciso fazer qualquer coisa, não importa o quê, ou é tomada porque tem mesmo os efeitos desejado sem ter efeitos adversos?
- Fazer alguma coisa é mesmo melhor que não fazer nada?
- A decisão tem consequências idênticas para todos os agentes, ou serve para beneficiar uns à custa de outros?
- A tomada de decisão baseia-se em valores que são partilhados por toda a população, ou existem razões para crer que uma parte muito significativa não partilha esses valores?
- Se uma decisão vai contra os valores de uma parte da população, com que legitimidade é que é tomada?
16.12.05
Guia para a tomada de decisão política
A propósito deste comentário de João Galamba deixo aqui uma lista de questões prévias que devem ser consideradas antes de qualquer tomada de decisão política: