Só umas breves notas:
Mostras-te preocupado em saber se estaremos preparados para aguentar os «custos de uma escalada e quiçá outro tipo de represálias». Bem, há que ter em conta que ao aceitar-se viver de cócaras ou com medo necessáriamente pagamos o preço de limitar a nossa liberdade. E esse é O «preço» que não estou disposto a pagar.
Tens reafirmado nos últimos dias, que a «não é livre quem quer, mas quem pode», forma de ver as coisas da qual discordo totalmente, entendendo mesmo que o seu contrário é que é verdadeiro. Ao longo da história os inimigos da liberdade, os opressores e todos quantos pretendem ou limitam as liberdade fizeram e fazem uso abundante da fórmula que enuncias. Como se a liberdade fosse algo a que se acedesse ou fosse «concedido» apenas perante condições «objectivas e subjectivas exteriores» à própria pessoa. Lamento, mas rejeito totalmente tal visão.
Também não vejo porque não se deva querer «nivelar o mundo por cima» e se aceite «nivelar por baixo». Foi com crítica a esse sentido de «realismo» e «pragmatismo» claudicante que utilizei o «exemplo» de Chamberlaim, o que se me afigura, cada vez mais, perfeitamente adequado.
Nota: Sobre as «medalhas» reafirmo o que uma vez já escrevi, de que enquanto estiver na posse das minhas faculdades mentais e puder dispor da minha vontade não aceitarei nunca qualquer carica dada pelo Estado português.