
Disse o costume, com o tom boçalmente emotivo de sempre, mas garantiu "aos portugueses" que tinha pedido à PGR um "rigoroso inquérito" de carácter "urgentíssimo".
Passou quase um mês.
O ainda Procurador-Geral (gémeo em força de carácter do ainda PR) usou a espertalhonice de se deslocar à Assembleia da República no último dia da campanha eleitoral. Sacudiu como pôde a água do capote, desmentiu partes do seu próprio comunicado inicial e não respondeu a algumas questões que os deputados lhe dirigiram.
Depois disso, nada. Silêncio total. Nunca mais se ouviu falar do "rigoroso inquérito". Nada mais se soube acerca das suas conclusões "urgentíssimas".
A tibieza, a incompetência e a utilização compulsiva de ardis de mera sobrevivência a prazo, são a escola política deste tipo de gente. E a descrença, o desdém que provocam, são a maior ameaça à Democracia.