É porventura o accionista mais influente da PT e estará agora num dilema: vende a Belmiro e encaixa largos milhões ou alia-se à Telefónica e manda às "malvas" os sacrossantos centros de decisão nacionais?
O seu rácio de solvabilidade não lhe permite grandes aventuras. Ir buscar capitais ao mercado diluirá a posição da família e poderá fazer aumentar ainda mais o peso do Crédit Agricole na estrutura accionista do BES. Nestas alturas, esta gente costuma apelar à "madrinha", nome por que na praça é conhecida a estatal CGD. Mas se Sócrates já estiver concertado com Belmiro...
Por outro lado, nada garante que o CA não possa estar a financiar a France Télecom na sua eventual parceria com Belmiro. Quer o CA, quer a FT têm o Estado francês como accionista relevante ou detentor de "acções douradas", pelo que não é de admirar uma "conexão francófona".
Enfim, mil cenários se desenharão nos próximos dias.