13.12.06

Da inutilidade da espada

Diz Pedro Arroja que eu o desafiei "para um duelo" referindo-se a esta posta. Nada estava mais longe da minha vontade. Apenas pretendi, com a humildade liberal que me deve ser reconhecida, elucidar um pouco acerca das origens do Direito Administrativo, matéria aparententemente tão maltratada no texto que iniciou esta polémica. Julguei ser meu dever fazê-lo já que estudo e ensino nessa área há mais de uma década na universidade. Mas nunca quis terçar armas contra alguém sobre quem já publicamente confessei o meu respeito.
Também por isso, assumo aqui o seguinte compromisso:
- Na medida das minhas possibilidades, de agora em diante, tentarei não sentenciar acerca de assuntos intrinsecamente económicos; se o conseguir, abster-me-ei de comentar as taxas de inflação, os desníveis na balança de transacções correntes e as oscilações dos ciclos económicos; quedarei mudo perante as eventuais distintas versões acerca das origens da Teoria Microeconómica bem como sobre as nebulosas vicissitudes que terá sofrido a Macroeconomia Avançada; e tudo farei para nada dizer sobre a insondável Econometria.
Talvez assim consiga evitar alguns equívocos e ilidir a possibilidade de desagradáveis e desequilibrados duelos.