Presa na teia administrativa do Ministério da Educação, Lurdes Rodrigues, mantém-se em silêncio sobre a questão da TLEBS.
O Ministério da Educação trata das colocações e do estatuto dos professores, do encerramento e abertura das escolas... Material e humanamente abosorvido nesta actividade algures entre o economato, a tesouraria e o departamento do pessoal ao Ministério da Educação não sobra tempo nem disponibilidade para discutir a educação propriamente dita.###
Neste momento milhares de alunos estão a ser iniciados na TLEBS. Esta não é uma questão entre escritores e linguistas e muito menos um assunto para especialistas, entendendo-se no caso que os especialistas são apenas alguns linguistas. Não temos de ser especialistas em aeroportos, pontes ou centrais nucleares para nos questionarmos sobre o acerto das decisões políticas sobre a construção da OTA, a localização da ponte Vasco da Gama ou a possibilidade de se optar pela enegia nuclear em Portugal.
Alás o que está em causa não são os pressupostos linguísticos subjacentes à TLEBS. Essa é de facto uma discussão para os linguistas. A discussão que se impõe é sim questionar se a TLEBS é útil e adequada ao ensino da Língua Portuguesa nos ensinos básico e secundário. Até quando o Ministério da Educação vai continuar a assobiar para o lado?
*PÚBLICO 2 de Dezembro
O silêncio do Ministério da Educação mantém-se. Igualmente silenciosa está a ministra do anterior governo que deu o seu aval à introdução da TLEBS nos ensinos básico e secundário.
Contudo o assunto teima em não morrer como se vê na edição de hoje do DN (textos de Vasco Graça Moura e Vicente Jorge Silva http://dn.sapo.pt/2006/12/06/opiniao/index.html )
e já agora também na blogosfera.
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